30/06/2014

Brasil passa sufoco contra o Chile

Bom dia a todos, como diz o manjado bordão, haja coração para aguentar o mau futebol da seleção brasileira, dispersa taticamente e com parcas jogadas individuais, e que por sorte não foi eliminada pelo Chile nas oitavas de final, o que seria lamentável, ainda mais considerando-se que somos os anfitriões.

Sábado, as únicas exceções foram a dupla de zaga, além de Júlio César e Hulk, esse último o mais voluntarioso, apesar da falha que culminou com o gol de empate anotado por Alexis Sanchez. Hulk que, no segundo tempo, marcou golaço legítimo e mal anulado pela fraca arbitragem, até agora, a pior coisa da Copa. E o Brasil foi sim prejudicado, calando os que habitualmente insinuam favorecimento indevido à nossa seleção, ou mesmo aos esquizofrênicos que acham que a Copa está comprada.

O Brasil não tem compactação, organização tática, jogada ensaiada e equilíbrio emocional. Não há quem arme o jogo pelo meio, quem apoie com competência pela ala direita e quem auxilie o Neymar com movimentação no ataque. Consequentemente, é claro que Fred, Daniel Alves e Oscar estão sem condições de serem titulares. Hernane, Bernard e Maicon poderiam ser bons substitutos, melhorando a movimentação ofensiva e a criação pelo meio, pois Willian, um pouco mais meia que o Oscar, também não representa aquele atleta típico com visão de jogo capaz de enxergar espaços no ataque com precisão. Hernane também não é nenhum Ademir da Guia, mas é o que mais se aproxima deste tipo de jogador. Não dá pra aceitar David Luiz e Thiago Silva "armando" o time com bicões lá da zaga.

A seleção também precisa controlar o aspecto emocional, pois não é normal (nem salutar) tanto atleta chorando durante os intervalos da partida, ou mesmo durante o hino nacional embalado pela torcida. O sucesso no futebol invariavelmente passa pela frieza de seus atores, principalmente os principais, de quem se espera até o último minuto o lampejo para decidir o jogo. É inegável que Felipão contagia o grupo e mantém uma união difícil de ocorrer em outras seleções, porém, ao que parece, taticamente, ele está ultrapassado e sem ideias para melhorar o futebol da seleção brasileira.

Agora enfrentaremos a Colômbia, sem tradição em Copas, porém, uma das três melhores equipes até agora, com bom jogo coletivo, e com individualidades marcantes (James Rodriguez, Ospina, Jackson Martinez e Cuadrado). O jogo será duríssimo, e as chances de sermos eliminados, ainda mais se mantivermos esse parco futebol, são realíssimas.

Abraços!  

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